quinta-feira, 20 de maio de 2010

Não me apetece (pôr título)...

E cá estou de novo, conforme prometido.
Escrever ao Deus Dará...
Garanto a quem me estiver a ler que não é nada fácil a tarefa de escrever sem tema proposto e, ao mesmo tempo, não fugir muito ao tema anteposto.
E por isso, como o meu filhote me deu as boas noites neste momento, vou dedicar-lhe este pedacinho de escrita, porque também, apesar de mais velho, não tem sido tão visado. Talvez o meu primogénito não tenha passado por todas aquelas fases ditas especiais ( há quem lhes chame estúpidas) e não dê tanto para me ajudar nesse tal conflito...
Pois é curioso: há a idade do armário,a puber(i)dade, a 1ª. e a 3ª., a menopausa e andropausa, que para mim será a idade do meio e, que não tem nada a haver com descanso ( pausa ), antes com uma agitação às vezes sem norte ou explicação.
Mas, voltando à fava quente, desculpem à batata, pois as favas só podem ser contadas, passarei a falar do meu morgado ( hoje estou um tanto virada para os sinónimos, não acham?)
Nascido há 25 anos, resolveu por bem, casar e partir...voar do ninho, há quem diga. E logo vos direi o que irei sentir, porque há um misto de sentimentos e sensações do antes. Comentarei o depois, logo que ocorra. Fica quase uma garantia de que vai suceder, porque estou convencida que serei obrigada a plantar o que me estará na alma, nesse arrancar da sua e minha nova vida.
Vamos então, por agora, analisar alguns lugares comuns, em estilo directo:
-Também nós já fizemos o mesmo aos nossos pais.
-É a lei da vida.
-Não se perde um filho, ganha-se uma filha.
-O que é preciso é que sejam felizes...
-E tenham saudinha...

E seria um sem fim de leviandades rotineiras que, assim expostas, até têm uma certa graça.Eis a análise possível.

Em jeito de desabafo final, posso dizer que esta fase em que se tem um filho prestes a casar, nos torna mais velhos aos olhos dos outros ( aos meus, já estou há alguns anos atrás ). Embora, considere que o facto de se ser mãe jovem, ajuda a sermos mais cedo cotas, passo a expressão, porque não me assenta muito bem. Digo eu!(como diz a minha amiga Mimi).
E vem ai a probabilidade de ser avó. Mas, se por um lado, para quem nos conhece isso nos envelhece, pode ser que, para alguém anónimo e um pouco mais distraído, os confunda com uma mamã mais tardia...

Não quero, com isto, que pensem desagradar-me a ideia: a de ser avó. E quanto mais cedo melhor, para que possa ter hipótese de um ou outro piropo rejuvenescedor( ler últimas palavras do parágrafo anterior) e, mais que tudo, provar a alegria do renascer do sentimento de protecção, se me deixarem, pois não serei, seguramente, a actriz principal. Mas tudo farei, para sacar o Óscar do papel secundário .

Mas, deixemos essas e outras dissertações, para a próxima, se conseguir não me desviar do tema.

E já agora, vou pensar que terei a vossa ajuda. Seja ela qual for.

Até o próximo episódio.
Beijinhos da vossa;

GU

2 comentários:

  1. Como já tinha comentado "De cota não tens nada, fisicamente já podemos ser, mas se dentro das nossas cabecinhas andar um miúdo ou miúda que não quer crescer, sermos internamente jovens"
    Em relação a ser avó não diria um papel secundário mas sim um figurante muito presente, pois os nossos filhos podem cair na facilidade, desculpa a expressão "Não há problema a avó toma conta dele"
    Infelizmente hoje em dia o convívio familiar, está desaparecido, eu sinto isso.
    Mas também temos de aproveitar essa altura da vida, voltar a fazer mais vezes uma vida a dois, o que nem sempre é possível, pois os anos não perdoam e vem sempre aquela palavra "A rotina"
    Eu sei que pode parecer muito negativo, mas na maior parte das vezes, é mesmo a verdade.
    E por isso só nós a podemos mudar, basta querer.

    Beijos.

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  2. É verdade (já o disse anteriormente) que sou talvez um pouco jovem ainda para opinar acerca destes assuntos, mas tendo em conta que antigamente (e mesmo actualmente em algumas civilizações), raparigas da minha idade (19) já estavam casadas, penso que nunca é demais uma opinião.
    Por vezes (e talvez dê mais uma prespectiva de filha e neta) ponho-me a imaginar como será a vida dos meus pais depois de eu me casar e for viver com o meu então marido. Ponho-me também a imaginar a minha vida... Regra geral, nós mulheres temos o instinto de "mãe galinha" ou "mãe leoa", de querer as crias por perto para as podermos proteger... Feliz ou infelizmente (cabe a cada um), as crias crescem e têm de aprender a sobreviver sozinhas, e, quiça, dar origem a novas crias...
    Penso que este processo deve ser encarado não como uma entrada numa fase de envelhecimento, mas sim como uma fase de alegria, pois conseguimos criar alguém responsável, com sucesso e forte o suficiente para tomar um passo em frente.
    Quanto aos avós, devo dizer que não há papel secundário... a minha avó diz muitas vezes: «avós são pais duas vezes» e é verdade!
    Os avós têm aquele orgulho, aquele carinho, aquele apreço especial pelos netos, que faz deles personagens não com o papel secundário, mas como pilares para sustentar a vida de todos... sejam filhos ou netos!
    Ser avó deve ser uma benção muito grande, que espero um dia vir a ter!

    Beijinhos

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