sábado, 3 de julho de 2010

Ode à minha Mãe

Preciso de falar ...contigo.
Dizer-te o que falta contar.
Trazer de volta o teu saber aconchegar.
Dar-te conta do que se passou e continua a passar.
Sinto vontade da tua aflição em dar o que tinhas e o que imaginava que davas, não tendo.
Cresce dentro de mim a imagem tantas vezes ignorada do teu grande gesto, tão mais ténue quando físico.
Agora que não te ouço, tenho em mim a memória das doces zangas.
Hoje que não te vejo, vislumbro o teu sorriso e quase que o teu choro.
Tenho um bocadinho de ti sempre presente.
Encontro, em todos os momentos, desculpa para te amar.
E quero que saibas que o teu cheiro matinal continua a nascer e a morrer devagarinho todos os dias...

E sei que de onde estás, sentada no trono dos Justos, reconheces que faço o possível por compreender o que devo seguir e aproveitar as leves pisadas que deixaste tão vincadas na areia do meu ser.
Nunca te esqueças de me relembrares a tua história, onde encontrarei sempre refúgio e paz.

Estas são as palavras que sempre te direi:

Dorme bem;

Gusta

1 comentário:

  1. Fiquei sem palavras, não podia haver melhor homenagem em honra da Mãe.
    Obrigado.

    Um Grande Beijo.

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